O dever do ser humano é ajudar outro,
mesmo precisando de ajuda.
(Belarmino F.L. Bisneto)
Não
sou simpatizante da Teologia da Prosperidade. Também não acredito no retrógrado
“quanto mais pobre, mais santo”. Me identifico muito mais com a ideologia de Paulo.
Na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença, em fartura ou na necessidade,
em euforia ou no abatimento, posso todas as coisas naquele que me fortalece. Minha
conta no banco não pode interferir em minha comunhão com Deus (Filipenses 4:11-13).
Biblicamente
falando, o “amor” ao dinheiro é a raiz de todos os males (I Timóteo 6:10). Mas, o dinheiro, em si, pode ser um manancial de bênçãos (Malaquias 3:10). Ninguém
vai para o céu porque é dizimista, e nem é condenado ao fogo do inferno por não
ser. Porém, inegavelmente, Deus tem um cuidado especial sobre a vida de quem
tem um coração voluntário (II Coríntios 9:7).
Não
se engane. A Igreja é prioritariamente, uma instituição espiritual, que atua
num ambiente material. Para sobreviver como organização, ela precisa de
dinheiro, afim de manter, em dia suas, obrigações financeiras, estruturar seus
templos e investir em obras missionárias. Estes recursos saem de bolsos fiéis. Não existe outra fonte de renda. Ou, pelo menos, não deveria ter.
Uma Igreja que mantem viva a chama apostólica, também se dedica a cuidar dos necessitados (Atos 2:44-47). Deus é glorificado quando órfãos e viúvas são amparados pela generosidade de seu povo (Tiago 1:27). Um coração generoso é também um coração adorador.
Dizem, por exemplo, que a obra missionária é feita pelos pés de quem vai, os joelhos de quem ora, e pelas mãos que contribuem. Existe uma espiritualidade inerente ao fato de ofertar, que excede a compreensão humana. Mas, existe uma história no Velho Testamento, que pode nos dar uma ilustração clara do poder espiritual existente na oferta gerada por um coração voluntário.
Uma Igreja que mantem viva a chama apostólica, também se dedica a cuidar dos necessitados (Atos 2:44-47). Deus é glorificado quando órfãos e viúvas são amparados pela generosidade de seu povo (Tiago 1:27). Um coração generoso é também um coração adorador.
Dizem, por exemplo, que a obra missionária é feita pelos pés de quem vai, os joelhos de quem ora, e pelas mãos que contribuem. Existe uma espiritualidade inerente ao fato de ofertar, que excede a compreensão humana. Mas, existe uma história no Velho Testamento, que pode nos dar uma ilustração clara do poder espiritual existente na oferta gerada por um coração voluntário.
O profeta Zacarias foi levantado por Deus como um
conselheiro dos judeus após os anos de exílio na Babilônia. A marca registrada
deste mensageiro do Senhor foram as suas maravilhosas “visões” espirituais, que
quando interpretadas corretamente, ainda revelam verdades gloriosas para
cristãos de todos os tempos e lugares.
Zacarias foi contemporâneo de Ageu, e profetizou num período onde os líderes mais expoentes da nação eram Esdras e Neemias, responsáveis por recolaram Israel num caminho de retorno aos mandamentos de Deus. Parte importante destes princípios, era exatamente a generosidade para com a Casa do Senhor, através da entrega de dízimos e ofertas alçadas para manutenção do Santuário e sustento dos levitas. Neste período, o sumo-sacerdote responsável pelos serviços do templo era Josué, que junto a Zorobabel, foi responsável pelo restabelecimento do Templo de Jerusalém e de seus cultos.
Zacarias foi contemporâneo de Ageu, e profetizou num período onde os líderes mais expoentes da nação eram Esdras e Neemias, responsáveis por recolaram Israel num caminho de retorno aos mandamentos de Deus. Parte importante destes princípios, era exatamente a generosidade para com a Casa do Senhor, através da entrega de dízimos e ofertas alçadas para manutenção do Santuário e sustento dos levitas. Neste período, o sumo-sacerdote responsável pelos serviços do templo era Josué, que junto a Zorobabel, foi responsável pelo restabelecimento do Templo de Jerusalém e de seus cultos.
Josué é personagem recorrente nas visões de
Zacarias, onde, tipologicamente, representava o próprio Cristo que haveria de
vir.
Após uma série de oito visões miraculosas e
interligadas, Deus ordenou ao profeta para descer até as casas de Heldai,
Tobias, Jedaías e Josias, todos recém repatriados, e ali pedir doações de ouro
e prata. Com o material doado, ele deveria confeccionar algumas coroas. Em
seguida, a ordem do Senhor, era para que o profeta se dirigisse até o Templo,
onde então, uma após a outra, deveria colocar cada coroa na cabeça de Josué
(Zacarias 6:9-15).
Apesar da discussão teológica em torno deste evento
ser acalorada em algumas “rodas”, é comum o entendimento da tipologia existente
nesta passagem como sendo um simbolismo para a coroação do próprio Cristo, já
que o propósito relevado ao profeta é exatamente estabelecer um memorial no Templo do Senhor, o mesmo local onde o menino Jesus seria apresentado quatro
séculos depois (Lucas 2:27).
Se a coroa representa o poder, a honra e a
autoridade que é outorgada a um Rei, aqui vale ressaltar a origem da matéria
prima utilizada em sua fabricação, ou seja, a voluntariedade do povo em
ofertar.
Os judeus que retornaram do exílio tinham poucos
recursos. Naquele tempo havia apenas um animal para cada seis pessoas, o que
evidenciava a limitação financeira daquela gente. O pouco que tinham foi
empregado na reconstrução de Jerusalém, com a edificação do Templo e a reforma
dos muros. Mesmo assim, o Senhor solicitou que as famílias contribuíssem
com ouro e prata para uma destinação aparentemente fútil.
E o povo não se omitiu em ajudar.
E o povo não se omitiu em ajudar.
Para ser coroado, Josué precisou se ajoelhar,
inclinando-se diante do profeta, que honradamente, depositou cada coroa sobre sua cabeça. Ali, diante do sumo sacerdote, Zacarias não estava sozinho,
pois em suas mãos segurava o fruto da generosidade dos judeus.
E se analisarmos esta cena com os olhos espirituais, passaremos a contribuir com muito mais amor e alegria.
E se analisarmos esta cena com os olhos espirituais, passaremos a contribuir com muito mais amor e alegria.
Imagine que agora, ao invés de Josué, temos o
próprio Cristo ressurreto. Todo poder lhe foi dado nos céus e na terra. Ele
se tornou Senhor sobre tudo e todos. Diariamente, as miríades de anjos, e um
número incontável de santos exaltam seu nome e reafirmam sua realeza. Diante de
tão grande devoção, Cristo levanta-se do trono e se inclina para ser coroado por
seu povo.
A beleza deste mistério é que a coroa que reluz em
sua cabeça, repousando sobre seus cabelos brancos como neve, é feita aqui na
terra, usando uma matéria prima muito prezada na eternidade: a "generosidade" dos
fiéis, que jamais se negam a estender a sua mão para as necessidades do Reino
de Deus.
Ofertar com alegria é coroar o Cristo mais uma vez.
Ofertar com alegria é coroar o Cristo mais uma vez.
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