O amor é ajudado pela força. A doçura do perdão traz a esperança e a paz.
(Charles Chaplin)
Na quarta
estrofe de sua celebre canção Hallelujah (Aleluia), o cantor e compositor canadense Leonard Cohen (em parceria com Jeff Buckley) escreveu: - “O amor não
é uma marcha de vitória, é um frio e quebrado Aleluia.”
Concordo em parte, discordo totalmente.
Paradoxal? Nem tanto.
Concordo em parte, discordo totalmente.
Paradoxal? Nem tanto.
O amor
romantizado das novelas não existe no mundo tangível. Se na ficção o casamento
é o final feliz definitivo, na vida real, é o início de uma jornada longa e
espinhosa, trilhada a base de muitos sacrifícios e abnegações. Então, de fato,
não é uma “marcha de vitória”, já que tropeços e derrotas farão parte do frio
caminho. Porém, se a misericórdia e o perdão forem companheiros de estrada,
então chegaremos a um final vitorioso, mesmo acumulando dores e sofrimentos no
trajeto. No fim, o "Aleluia" estará
aquecido e completo! A jornada terá sido um "louvor a quem é de direito". E é exatamente isto que "Aleluia" significa. Toda sacrifício valerá a pena, se Deus for glorificado em nossas ações e relacionamentos.
Quando lemos o livro de Oseias, observamos Deus usando o casamento do profeta para ilustrar o tipo de relacionamento que buscava com seu povo. Gômer não era a imagem da esposa ideal. Muito pelo contrário. Insistia numa vida de libertinagem e luxúria, sendo atraída constantemente para amores efêmeros e ilusórios. Mãe relapsa e esposa infiel, nada naquela mulher justificava o amor de seu marido. Mesmo assim, Oseias a amava intensamente, e lutava com todas as forças que possuía para salvar seu casamento. Uma marcha triste, fria e quebrada.
O esforço do marido não passava desapercebido por sua esposa, que tinha sim consciência de como estava sendo injusta com aquele homem bom. Mesmo assim, ela optou por abandonar a casa e buscar deleites em braços que rapidamente deixaram de abraçá-la. Desemparada e vivendo em miséria, Gômer foi surpreendida pelo amor de seu marido mais uma vez, já que ele se dispôs a pagar um alto preço, trazendo-a de volta para o lar, e a livrando definitivamente de suas dívidas profanas. O grande amor de seu marido constrangeu Gômer a uma mudança radical em sua vida. Por um longo período, sua fidelidade foi colocada à prova, confirmando a transformação ocorrida no interior daquela alma arredia (Oseias 3:3).
Pela narrativa, fica subentendido que ela finalmente passou a ser uma esposa amorosa, uma mãe dedicada e uma serva do Senhor. O amor prevaleceu sobre todas as imperfeições morais e fraquezas de caráter. Amor capaz de transformar.
Obviamente, nenhum casamento deve chegar aos extremos vividos por Oseias e Gômer, para finalmente experimentar o poder transformador do amor. Deus usou a vida conjugal do profeta como uma metáfora para a condição moral de Israel, dominada por um espírito de prostituição. Mesmo assim, Deus amava profundamente seu povo e estava disposto a pagar um alto preço por seu resgate, desde que, a “esposa infiel” estivesse disposta ao arrependimento.
Tropeçar e cair faz parte da natureza humana. O perigo da queda é tão presente em nossa caminhada, que em I Coríntios 10:12, Paulo nos alertou a não sermos demasiadamente seguros de nossa posição, e estando de pé, cuidar-se para não cair. Mas, se a queda acontecer, ainda não é o fim. O amor é profícuo até mesmo quando o erro acontece, a mentira se revela ou decepção bate na porta. Ele aponta o caminho para a restauração. Por amar, nos arrependemos e, por amor somos perdoados.
Arrependimento e perdão são matérias primas celestiais que constroem (e reconstroem) os mais belos relacionamentos e as verdadeiras histórias de amor. Jó 14:7 diz: - Mesmo que a árvore seja cortada, tombar e cair.... Ainda que suas raízes apodreçam no solo e seu tronco morra no chão.... Há esperança para ela.... Ao cheiro das águas ela brotará outra vez e seus ramos se renovarão.... Ela voltará a frutificar, pois renascerá como se fosse uma planta nova!
Quando lemos o livro de Oseias, observamos Deus usando o casamento do profeta para ilustrar o tipo de relacionamento que buscava com seu povo. Gômer não era a imagem da esposa ideal. Muito pelo contrário. Insistia numa vida de libertinagem e luxúria, sendo atraída constantemente para amores efêmeros e ilusórios. Mãe relapsa e esposa infiel, nada naquela mulher justificava o amor de seu marido. Mesmo assim, Oseias a amava intensamente, e lutava com todas as forças que possuía para salvar seu casamento. Uma marcha triste, fria e quebrada.
O esforço do marido não passava desapercebido por sua esposa, que tinha sim consciência de como estava sendo injusta com aquele homem bom. Mesmo assim, ela optou por abandonar a casa e buscar deleites em braços que rapidamente deixaram de abraçá-la. Desemparada e vivendo em miséria, Gômer foi surpreendida pelo amor de seu marido mais uma vez, já que ele se dispôs a pagar um alto preço, trazendo-a de volta para o lar, e a livrando definitivamente de suas dívidas profanas. O grande amor de seu marido constrangeu Gômer a uma mudança radical em sua vida. Por um longo período, sua fidelidade foi colocada à prova, confirmando a transformação ocorrida no interior daquela alma arredia (Oseias 3:3).
Pela narrativa, fica subentendido que ela finalmente passou a ser uma esposa amorosa, uma mãe dedicada e uma serva do Senhor. O amor prevaleceu sobre todas as imperfeições morais e fraquezas de caráter. Amor capaz de transformar.
Obviamente, nenhum casamento deve chegar aos extremos vividos por Oseias e Gômer, para finalmente experimentar o poder transformador do amor. Deus usou a vida conjugal do profeta como uma metáfora para a condição moral de Israel, dominada por um espírito de prostituição. Mesmo assim, Deus amava profundamente seu povo e estava disposto a pagar um alto preço por seu resgate, desde que, a “esposa infiel” estivesse disposta ao arrependimento.
Tropeçar e cair faz parte da natureza humana. O perigo da queda é tão presente em nossa caminhada, que em I Coríntios 10:12, Paulo nos alertou a não sermos demasiadamente seguros de nossa posição, e estando de pé, cuidar-se para não cair. Mas, se a queda acontecer, ainda não é o fim. O amor é profícuo até mesmo quando o erro acontece, a mentira se revela ou decepção bate na porta. Ele aponta o caminho para a restauração. Por amar, nos arrependemos e, por amor somos perdoados.
Arrependimento e perdão são matérias primas celestiais que constroem (e reconstroem) os mais belos relacionamentos e as verdadeiras histórias de amor. Jó 14:7 diz: - Mesmo que a árvore seja cortada, tombar e cair.... Ainda que suas raízes apodreçam no solo e seu tronco morra no chão.... Há esperança para ela.... Ao cheiro das águas ela brotará outra vez e seus ramos se renovarão.... Ela voltará a frutificar, pois renascerá como se fosse uma planta nova!
Só estamos
vivos, porque Deus é misericordioso. Seu amor nos abraça mesmo quando nos
vestimos com mantos recobertos de espinhos. O Todo Poderoso “sangra” por sua
“esposa”. No Salmo 103, o salmista declara que Deus conhece nossa
estrutura, sabe que somos pó, e por isso, tem misericórdia de nós... Como um
pai se compadece de seus filhos, o Senhor se compadece de mim e de você. O amor
de Deus independe de nossas qualidades e não diminui por causa de nossas
imperfeições.
Ele continua
de braços abertos, esperando que retornemos aos seus braços. Deus nos acompanha
com olhos ternos em nossos mais vergonhosos momentos, e com voz amável nos
convida ao arrependimento (Oseias 14:2).
Tanto a
história literal de Oseias, quanto a metáfora empregada por Deus para com
Israel, possuem uma valiosa lição que deve ser aprendida e praticada por cada um de nós: - Meu amor precisa ser maior que os erros da pessoa que amo. O escritor
C.S Lewis certa vez escreveu: - “O cristão não é uma pessoa que jamais erra, e
sim, alguém capacitado a se arrepender, reerguer-se, e começar de novo depois
da queda.” Que Deus nos ajude a ser a mão que, caso seja necessário, esteja
estendida para ajudar quem amamos a se levantar do chão. Há uma marcha de
vitória para se concluir. De mãos dadas! Aleluia!
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