Tão sublime
quanto incondicional é o amor de mãe,
que nos molda e
quando não, nos aceita.
(Elaine Sekimura)
Minha esposa Valquíria estava no quinto mês de
gestação, quando sofreu um grave acidente doméstico. Franzina como é, já
ostentava um barrigão que a dobrava de tamanho, o que fazia nossa casa, de
apenas três cômodos, parecer ainda menor. Afim de ajudá-la nas tarefas do
dia-a-dia, sua irmã mais nova, Vitória, se dispôs a passar alguns dias conosco.
Como o espaço era limitado, na hora de dormir, ela colocou um colchão ao lado
de nossa cama. Trouxemos para o quarto uma caixa de madeira onde guardávamos alguns
DVD´s e escolhemos um filme para assistir. A caixa ficou ao lado da cama, sobre
uma cadeira.
Com o bebê pressionando sua bexiga, uma mulher
gravida não tem muita opção, a não ser usar constantemente o banheiro. Não
importa a hora. Por volta das seis da manhã, a Valquíria acordou afoita
para atender a natureza. Se levantou as carreiras, e por um instante, não se lembrou que sua irmã dormia ao lado da cama. Ela tropeçou, e o corpo se projetou para
frente. Como determina a lei da gravidade, em frações de segundos, sua barriga
iria se chocar violentamente contra o chão. Prenúncio de grande tragédia.
Mas, o que é a lei da gravidade diante do instinto
materno? Como se fosse uma ninja treinada em “Nanda Parbat”, ela segurou a
barriga e deu um giro de noventa graus em pleno ar. Caiu de lado. Porém, antes
de tocar o solo, seu rosto chocou-se contra a caixa de madeira que havíamos deixamos
próximo a cama. No impacto, a quina da caixa atingiu o seu nariz, que parcialmente,
se "descolou" do rosto. O pijama branco, rapidamente ganhou um tom “vermelho
escarlate”.
Corremos para o Pronto Socorro, a Valquíria foi imediatamente hospitalizada e submetida a procedimentos cirúrgicos. A mãe estava em farrapos. Mas, e o bebê? Ah! Ele estava super bem! Um movimento sacrificial da mamãe tinha salvado sua vida ainda informe.
Corremos para o Pronto Socorro, a Valquíria foi imediatamente hospitalizada e submetida a procedimentos cirúrgicos. A mãe estava em farrapos. Mas, e o bebê? Ah! Ele estava super bem! Um movimento sacrificial da mamãe tinha salvado sua vida ainda informe.
O instinto maternal é uma força avassaladora.
Intensa e inexplicável. Como pai, tenho que reconhecer. Por mais profundo
que seja o meu amor, ele é pequeno na comparação com o afeiçoamento materno. Tenho a
impressão que mãe e filho estão conectados num tipo de wireless emocional.
Eles se sentem. Se percebem. Se completam. Toda vez que fico sozinho com o
Nicolas, a Valquíria arruma mil desculpas para nos ligar a cada hora. Não
reclamo. Também gosto quando a dona Márcia me liga só para perguntar: - Está tudo bem?
Mãe é mãe.
Mãe é mãe.
Através do profeta Isaías, Deus usou este vínculo
materno para escalonar o tamanho de seu amor, e a intensidade do seu cuidar
para com Israel:
- Será que uma mãe pode
esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou?
Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você! (Isaías 49:15)
Esquecimento. Ação involuntária que provoca a não conservação de memória sobre uma informação recebida. Não se escolhe esquecer. Se assim, fosse, quantas coisas deletaríamos de nosso acervo mental. Ninguém premedita esquecer o lugar onde guardou a chave do carro ou um boleto a se pagar com urgência. Simplesmente acontece. Por vezes, algumas de nossas ações são realizadas no “piloto automático”. Ações tão banalizadas, que o cérebro sequer, as registram. Então, esquecemos. Porém, grandes eventos da vida, estão gravados com tamanha profundidade emocional, que é simplesmente impossível esquecer. A primeira paixão. O dia do casamento. O nascimento de uma criança.
Pode uma mãe se esquecer do filho que gerou? Salvo exceções involuntárias, a resposta é NÃO!
Uma mãe que abandonou seu filho, estará sempre imaginando como está seu rostinho agora. Uma mãe que cometeu aborto, carregará o trauma pelo resto da vida. A experiência nunca será esquecida. A maternidade não é deletável.
Há alguns anos atrás, minha irmã Ruth, sofreu um aborto espontâneo, enquanto se preparava para receber o primeiro filho. Foi um evento emocionalmente devastador. Pela bondade divina, alguns meses depois, ela engravidou novamente, e desta vez, a família foi presenteada com o nascimento da Brenda. Mais de uma década já se passou, e minha irmã fala com o mesmo carinho, tanto da filha que amamentou, quanto do filho que nunca nasceu.
Como pode alguém não conseguir esquecer algo, que sequer, chegou a ver com os próprios olhos? Instinto Materno. Mães não esquecem. Deus, porém, eleva seu amor por nós a níveis ainda mais superiores. Se uma mãe que amamenta seu filho, se esquecer dele, eu não me esquecerei de você! Mesmo que uma mãe ignore o fato de ter gerado um filho, eu continuo te amando intensamente.
Talvez a frase mais falada no planeta seja “eu te amo”. Je t'aime. Ya tebya liubliu. Ek het jou liefe. Qanta munani. Ngo oi ney. Mi amas vin. Ani ohev otach. S'ayapo. Ich liebe dich. Kimi o ai shiteru. Ik hou van jo. Doo-set daaram. I love you. Todas as culturas do mundo têm o amor na ponta da língua. Deus, porém, demostra seu amor não com palavras, mas, sim, em ações. O amor de Deus se concentra basicamente em suas mãos. O mesmo lugar onde o Senhor escreveu nossos nomes, e esculpiu os nossos rostos: - Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim (Isaías 49:16).
Deus se lembra de cada nome. Cada feição. Cada trejeito. O Senhor conhece nossa estrutura. Sabe do que somos feitos. Ele contou cada fio de cabelo em nossa cabeça. Memorizou cada célula do nosso corpo. Por amor, Deus abriu mão do seu Filho e seu Filho abriu mão dos céus. Deus se deixou morrer para que tivéssemos vida. Amor de mãe. Amor de Pai. Amor Maior. Ninguém ama como Deus.
Mães herdaram de Deus, um mísero fragmento da sua capacidade de amar. Pais receberam, apenas, um vestígio de sua potencialidade em cuidar.
- Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um
escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus
filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem o pedir!
(Lucas 11:11-13).
Por seus filhos, Deus move terra e céus. Sua promessa é de uma presença amável e interventora. Amor com palavras. Amor com ações. Amor com responsabilidade:
Esquecimento. Ação involuntária que provoca a não conservação de memória sobre uma informação recebida. Não se escolhe esquecer. Se assim, fosse, quantas coisas deletaríamos de nosso acervo mental. Ninguém premedita esquecer o lugar onde guardou a chave do carro ou um boleto a se pagar com urgência. Simplesmente acontece. Por vezes, algumas de nossas ações são realizadas no “piloto automático”. Ações tão banalizadas, que o cérebro sequer, as registram. Então, esquecemos. Porém, grandes eventos da vida, estão gravados com tamanha profundidade emocional, que é simplesmente impossível esquecer. A primeira paixão. O dia do casamento. O nascimento de uma criança.
Pode uma mãe se esquecer do filho que gerou? Salvo exceções involuntárias, a resposta é NÃO!
Uma mãe que abandonou seu filho, estará sempre imaginando como está seu rostinho agora. Uma mãe que cometeu aborto, carregará o trauma pelo resto da vida. A experiência nunca será esquecida. A maternidade não é deletável.
Há alguns anos atrás, minha irmã Ruth, sofreu um aborto espontâneo, enquanto se preparava para receber o primeiro filho. Foi um evento emocionalmente devastador. Pela bondade divina, alguns meses depois, ela engravidou novamente, e desta vez, a família foi presenteada com o nascimento da Brenda. Mais de uma década já se passou, e minha irmã fala com o mesmo carinho, tanto da filha que amamentou, quanto do filho que nunca nasceu.
Como pode alguém não conseguir esquecer algo, que sequer, chegou a ver com os próprios olhos? Instinto Materno. Mães não esquecem. Deus, porém, eleva seu amor por nós a níveis ainda mais superiores. Se uma mãe que amamenta seu filho, se esquecer dele, eu não me esquecerei de você! Mesmo que uma mãe ignore o fato de ter gerado um filho, eu continuo te amando intensamente.
Talvez a frase mais falada no planeta seja “eu te amo”. Je t'aime. Ya tebya liubliu. Ek het jou liefe. Qanta munani. Ngo oi ney. Mi amas vin. Ani ohev otach. S'ayapo. Ich liebe dich. Kimi o ai shiteru. Ik hou van jo. Doo-set daaram. I love you. Todas as culturas do mundo têm o amor na ponta da língua. Deus, porém, demostra seu amor não com palavras, mas, sim, em ações. O amor de Deus se concentra basicamente em suas mãos. O mesmo lugar onde o Senhor escreveu nossos nomes, e esculpiu os nossos rostos: - Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim (Isaías 49:16).
Deus se lembra de cada nome. Cada feição. Cada trejeito. O Senhor conhece nossa estrutura. Sabe do que somos feitos. Ele contou cada fio de cabelo em nossa cabeça. Memorizou cada célula do nosso corpo. Por amor, Deus abriu mão do seu Filho e seu Filho abriu mão dos céus. Deus se deixou morrer para que tivéssemos vida. Amor de mãe. Amor de Pai. Amor Maior. Ninguém ama como Deus.
Mães herdaram de Deus, um mísero fragmento da sua capacidade de amar. Pais receberam, apenas, um vestígio de sua potencialidade em cuidar.
- Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra?
Por seus filhos, Deus move terra e céus. Sua promessa é de uma presença amável e interventora. Amor com palavras. Amor com ações. Amor com responsabilidade:
- No tempo favorável eu lhe
responderei, e no dia da salvação eu o ajudarei; eu o guardarei. Não terão fome nem sede, o calor do
deserto e o sol os atingirá. Transformarei todos os meus montes em estradas, e
os meus caminhos serão erguidos. Gritem de alegria, ó céus, regozije-se, ó
terra; irrompam em canção, ó montes! Pois o Senhor consola o seu povo e terá compaixão
de seus afligidos. (Isaías 49:8-10 - resumo)
Como é bom estar gravado na memória de Deus. Em suas mãos, e em seu coração. Ele me chama de Miquéias. Te chama de João, Maria, Valquíria, Nicolas, Wilson, Márcia, Lucas, Ruth, Jhonatas, Brenda, Helen, Libine, Ivanildes, Valdeir, Nadir, Avelino, Leonilda, Maurilio. Não importa seu nome. Ele sabe. Ele gravou.
Ele é teu pai.
Tua mãe.
Teu irmão.
Teu amigo.
Teu Deus.
O Senhor é o rei dos povos, o dono do mundo, e mesmo assim, trata cada um de nós com intimidade. E porquê? Acho que a resposta está num texto bíblico muito conhecido, mas, que raramente paramos para dimensionar.
- Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas estarei
contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo
fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor teu
Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia
e a Seba em teu lugar. Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste
honrado, e eu te amei, assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida.
Não temas, pois, porque estou contigo (Isaías 43:2-5).
Como é bom estar gravado na memória de Deus. Em suas mãos, e em seu coração. Ele me chama de Miquéias. Te chama de João, Maria, Valquíria, Nicolas, Wilson, Márcia, Lucas, Ruth, Jhonatas, Brenda, Helen, Libine, Ivanildes, Valdeir, Nadir, Avelino, Leonilda, Maurilio. Não importa seu nome. Ele sabe. Ele gravou.
Ele é teu pai.
Tua mãe.
Teu irmão.
Teu amigo.
Teu Deus.
O Senhor é o rei dos povos, o dono do mundo, e mesmo assim, trata cada um de nós com intimidade. E porquê? Acho que a resposta está num texto bíblico muito conhecido, mas, que raramente paramos para dimensionar.
- Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Pense em Deus como um PAI/MÃE imune a falhas. Totalmente
presente. Amável, porém, justo. Ele requer de seus filhos comprometimento e obediência,
mas, em troca, oferece amor e proteção imensuráveis. Ele nos ama de forma
incondicional, e age em nosso favor com responsabilidade. Está disposto a
atravessar fornalhas e enchentes ao nosso lado. Abre seus tesouros mais
preciosos e os dá em nosso resgate. Ele está integralmente ao nosso lado, mesmo
que não percebamos. Ele nos ama, ainda que não nos importemos. Ele não se esquece,
ainda que, por vezes, esqueçamos de invocar o seu nome.
Não existe uma força poderosa o suficiente, nem no céu e nem abaixo da terra, que nos apague da memória de Deus, ou diminua uma única fração de seu inenarrável amor. Não importa quem já te esqueceu. Só se lembre desta verdade. Deus jamais esquecerá de ti.
Não existe uma força poderosa o suficiente, nem no céu e nem abaixo da terra, que nos apague da memória de Deus, ou diminua uma única fração de seu inenarrável amor. Não importa quem já te esqueceu. Só se lembre desta verdade. Deus jamais esquecerá de ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário