Santa Ceia
não é lanchinho. É renúncia, é comunhão, é cruz.
(Eduardo Soares)
Damos imenso
valor a Páscoa. O comércio se esforça para atender consumidores ávidos por ovos
de chocolate. As escolas se enfeitam com filetes coloridos, as crianças se
fantasiam de coelho e saltitam alegremente pelas ruas. Tudo é festa, alegria e
cacau acrescido de leite. Porém, a origem desta celebração é marcada por muita dor,
luto e sabor amargo. Não é uma festa para coelhos. E sim, um funeral para cordeiros.
A Páscoa é
uma festa judaica, chamada de PÊSACH (passagem), e teve início exatamente na
noite em que o “Anjo do Senhor” passou sobre as casas do Egito, recolhendo a
alma de todos os primogênitos. Apenas as residências marcadas com sangue no
umbral das portas, foram poupadas desta desagradável visita. Dias antes deste
fatídico evento, Moisés instruiu os israelitas a jantaram em família no decimo
quarto dia do mês, e estabeleceu um cardápio obrigatório: carne de carneiro.
Toda família deveria escolher o melhor cordeirinho que tinha em seu quintal e mantê-lo em quarentena por quatro dias. Passado este tempo, eles deveriam sacrificar o bichinho, recolher seu sangue, e dividir o corpo em partes. O sangue seria usado para aspergir os umbrais da porta, protegendo os moradores daquela casa, de uma tragédia iminente.
As partes do cordeiro deveriam ser assadas, e servidas juntamente com pães sem fermentos e ervas amargas. Toda a carne deveria ser consumida pela família, e as sobras, queimadas no fogo. Como preparativo para o jantar, todos os israelitas deveriam deixar suas malas prontas, embrulhar seus pertences e se vestir para uma longa viagem. Antes do amanhecer, Deus libertaria seu povo das mãos de Faraó. Estava estabelecida a Páscoa.
A partir daquele dia, o calendário bíblico de Israel passou a ser norteado pela Páscoa. Todas as festas judaicas seriam delimitadas por esta celebração. Pelos séculos vindouros, geração após geração, os israelitas celebraram (e ainda celebram) a PÊSSACH anualmente. Pães asmos os lembravam que na noite da libertação, não houve tempo para levedar as massas. Deus agiu com intensidade. As ervas amargas evocam os muitos anos de sofrimento. E o cordeiro, apontava para o sacrifício supremo, que traria libertação a toda a humanidade. O sangue do cordeiro, novamente, iria salvar a vida de muitos.
Como acontecia todos os anos, milhares de pessoas peregrinava até Jerusalém para celebrar a Páscoa. Jesus estava em Betânia hospedado na casa de Lázaro, quando conclamou a seus discípulos para subirem até a capital. Durante a viagem, centenas de peregrinos acompanharam a comitiva de Cristo. Quando entrou na cidade, Jesus montou em um jumentinho. Uma multidão saiu ao seu encontro. Eles seguravam ramos de palmeiras em suas mãos, e clamavam:
- Hosana! " "Bendito é o que vem em nome do Senhor! " "Bendito é o Rei de Israel! " (João 12:13).
Os discípulos estavam admirados com aquela recepção. A cidade estava em polvorosa com a chegada de Jesus. Aquela seria uma Páscoa inesquecível. Cristo sabia que seu tempo estava contado. A mesma multidão que o aclamava “REI”, horas depois, pediria sua morte. Mesmo assim, ergueu sua voz e os ensinou:
Toda família deveria escolher o melhor cordeirinho que tinha em seu quintal e mantê-lo em quarentena por quatro dias. Passado este tempo, eles deveriam sacrificar o bichinho, recolher seu sangue, e dividir o corpo em partes. O sangue seria usado para aspergir os umbrais da porta, protegendo os moradores daquela casa, de uma tragédia iminente.
As partes do cordeiro deveriam ser assadas, e servidas juntamente com pães sem fermentos e ervas amargas. Toda a carne deveria ser consumida pela família, e as sobras, queimadas no fogo. Como preparativo para o jantar, todos os israelitas deveriam deixar suas malas prontas, embrulhar seus pertences e se vestir para uma longa viagem. Antes do amanhecer, Deus libertaria seu povo das mãos de Faraó. Estava estabelecida a Páscoa.
A partir daquele dia, o calendário bíblico de Israel passou a ser norteado pela Páscoa. Todas as festas judaicas seriam delimitadas por esta celebração. Pelos séculos vindouros, geração após geração, os israelitas celebraram (e ainda celebram) a PÊSSACH anualmente. Pães asmos os lembravam que na noite da libertação, não houve tempo para levedar as massas. Deus agiu com intensidade. As ervas amargas evocam os muitos anos de sofrimento. E o cordeiro, apontava para o sacrifício supremo, que traria libertação a toda a humanidade. O sangue do cordeiro, novamente, iria salvar a vida de muitos.
Como acontecia todos os anos, milhares de pessoas peregrinava até Jerusalém para celebrar a Páscoa. Jesus estava em Betânia hospedado na casa de Lázaro, quando conclamou a seus discípulos para subirem até a capital. Durante a viagem, centenas de peregrinos acompanharam a comitiva de Cristo. Quando entrou na cidade, Jesus montou em um jumentinho. Uma multidão saiu ao seu encontro. Eles seguravam ramos de palmeiras em suas mãos, e clamavam:
- Hosana! " "Bendito é o que vem em nome do Senhor! " "Bendito é o Rei de Israel! " (João 12:13).
Os discípulos estavam admirados com aquela recepção. A cidade estava em polvorosa com a chegada de Jesus. Aquela seria uma Páscoa inesquecível. Cristo sabia que seu tempo estava contado. A mesma multidão que o aclamava “REI”, horas depois, pediria sua morte. Mesmo assim, ergueu sua voz e os ensinou:
- Quem crê em mim, não crê apenas
em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim
ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas
trevas. "Se alguém ouve as minhas palavras, e não as guarda, eu não o
julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. (João
12:44-47)
Quinta feira. Faltavam poucos dias para Páscoa. Jesus reuniu seus discípulos para um jantar especial. Pela última vez, estaria reunido com eles antes da cruz. Naquela noite memorável, Jesus “remodelou” a Páscoa judaica, substituindo os elementos tradicionais pelo “PÃO” e pelo “VINHO”, símbolos de seu corpo e de seu sangue, que seriam entregues pela humanidade. O cordeiro seria sangrado, despedaçado e servido na cruz.
Quinta feira. Faltavam poucos dias para Páscoa. Jesus reuniu seus discípulos para um jantar especial. Pela última vez, estaria reunido com eles antes da cruz. Naquela noite memorável, Jesus “remodelou” a Páscoa judaica, substituindo os elementos tradicionais pelo “PÃO” e pelo “VINHO”, símbolos de seu corpo e de seu sangue, que seriam entregues pela humanidade. O cordeiro seria sangrado, despedaçado e servido na cruz.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos
seus discípulos, dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos,
dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é
derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de
agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que
beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai". (Mateus 26:26-29)
Estava estabelecida a Santa Ceia do Senhor. Jesus pediu a seus discípulos que repetissem aquela celebração durante a sua ausência: - Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). Desde então, cristãos de todo mundo, se reúnem periodicamente para participar do Corpo e do Sangue de Cristo. É um momento sublime da igreja, onde sua comunhão é celebrada e externada no partir do pão e nas orações.
Uma oportunidade única para discernir em plenitude o significa de “estar” em Cristo, relembrando tudo o que Ele fez por nós. Mas, além deste memorial perpétuo, a celebração da Santa Ceia ainda nos traz outras reflexões deveras importantes. Precisamos olhar para além do Pão e do Vinho. E existem três direções para as quais, faz-se necessário voltar nossos olhos.
O primeiro olhar é para o PASSADO. A Santa Ceia nos relembra de onde Deus nos tirou, de quem éramos e para onde íamos. Então, Cristo interveio em nossa miserável vida. Nos resgatou da sarjeta e do esgoto, e nos pôs assentado entre príncipes e reis. O sangue vertido na cruz nos livrou de nosso pecado e direcionou nossa caminha para o céu. Lembrar do passado não significa revive-lo ou se lamentar sobre as escolhas passadas, mas sim, se regozijar com felicidade residente na gratidão pelo que Deus fez por nós. E em nós.
O segundo olhar é para o PRESENTE. Neste aspecto, a Santa Ceia nos remete a nossa responsabilidade como cristãos. Somos cartas enviadas aos homens, que precisam “ler” Jesus em nós. E isto só será possível se nosso testemunho de vida condizer com nossa pregação. Uma vida integra é a mais poderosa das mensagens. Literalmente, “grita” Jesus ao mundo.
Quando desvirtuamos nosso comportamento e contaríamos os princípios de moral e espiritualidade ensinados por Cristo, não apenas nos colocamos na berlinda de um julgamento mundano sobre os valores do cristianismo, como arrastamos para a lama o nome de nossa igreja, de nossos líderes e pastores, expondo Jesus e o Evangelho a um verdadeiro escárnio público. Ser discípulo de Jesus exige responsabilidade e sacrifício. É preciso ser crente de verdade, e revelar o Messias para as pessoas através de quem somos, e não do que apenas falamos.
O terceiro olhar vislumbra o FUTURO. Nele, Cristo arrebata sua igreja e a leva para a Glória, reunindo todos os salvos de todas eras para uma última e maravilhosa celebração. Nesta Ceia futura, será o próprio Cristo a servir sua igreja, a preparando para uma eternidade de paz e felicidade, num lugar onde não haverá lagrimas, dor, frustrações e a morte deixará de existir. O mestre e seus discípulos juntos novamente. A última e definitiva PÊSACH.
Estava estabelecida a Santa Ceia do Senhor. Jesus pediu a seus discípulos que repetissem aquela celebração durante a sua ausência: - Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). Desde então, cristãos de todo mundo, se reúnem periodicamente para participar do Corpo e do Sangue de Cristo. É um momento sublime da igreja, onde sua comunhão é celebrada e externada no partir do pão e nas orações.
Uma oportunidade única para discernir em plenitude o significa de “estar” em Cristo, relembrando tudo o que Ele fez por nós. Mas, além deste memorial perpétuo, a celebração da Santa Ceia ainda nos traz outras reflexões deveras importantes. Precisamos olhar para além do Pão e do Vinho. E existem três direções para as quais, faz-se necessário voltar nossos olhos.
O primeiro olhar é para o PASSADO. A Santa Ceia nos relembra de onde Deus nos tirou, de quem éramos e para onde íamos. Então, Cristo interveio em nossa miserável vida. Nos resgatou da sarjeta e do esgoto, e nos pôs assentado entre príncipes e reis. O sangue vertido na cruz nos livrou de nosso pecado e direcionou nossa caminha para o céu. Lembrar do passado não significa revive-lo ou se lamentar sobre as escolhas passadas, mas sim, se regozijar com felicidade residente na gratidão pelo que Deus fez por nós. E em nós.
O segundo olhar é para o PRESENTE. Neste aspecto, a Santa Ceia nos remete a nossa responsabilidade como cristãos. Somos cartas enviadas aos homens, que precisam “ler” Jesus em nós. E isto só será possível se nosso testemunho de vida condizer com nossa pregação. Uma vida integra é a mais poderosa das mensagens. Literalmente, “grita” Jesus ao mundo.
Quando desvirtuamos nosso comportamento e contaríamos os princípios de moral e espiritualidade ensinados por Cristo, não apenas nos colocamos na berlinda de um julgamento mundano sobre os valores do cristianismo, como arrastamos para a lama o nome de nossa igreja, de nossos líderes e pastores, expondo Jesus e o Evangelho a um verdadeiro escárnio público. Ser discípulo de Jesus exige responsabilidade e sacrifício. É preciso ser crente de verdade, e revelar o Messias para as pessoas através de quem somos, e não do que apenas falamos.
O terceiro olhar vislumbra o FUTURO. Nele, Cristo arrebata sua igreja e a leva para a Glória, reunindo todos os salvos de todas eras para uma última e maravilhosa celebração. Nesta Ceia futura, será o próprio Cristo a servir sua igreja, a preparando para uma eternidade de paz e felicidade, num lugar onde não haverá lagrimas, dor, frustrações e a morte deixará de existir. O mestre e seus discípulos juntos novamente. A última e definitiva PÊSACH.
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