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terça-feira, 16 de outubro de 2018

O Evangelho Fascista


A maior esperteza do inferno está na camuflagem.
(Pr. Glênio Fonseca Paranaguá)


Enquanto ainda trabalhava na revisão deste texto, assisti ao vídeo de uma passeata realizada em alguma capital do país (não sei precisar exatamente qual delas), onde manisfestantes engajados em causas humanitárias (defensores da legalização do aborto, drogas e erotização infantil) gritavam palavras de ordem, contra o "sistema imperialista", dentre as quais gostaria de destacar uma única frase: - "A igreja fascista, está em nossa lista!" Não dá para discordar que a "religião" é opressora, já que nem é preciso muito esforço para trazer a memória o nome de "duas ou três" organizações religiosas que comprovadamente  sugam de seus fiéis até as últimas gotas de sangue e suor, porém não é disto que se trata o manifesto. A luta não é contra estatutos e liturgias, e sim, pela derrocada do "modelo" judaico-cristão, parâmetro de comportamento em nossa sociedade, "mantendo-a refém da normas e regras retrogradas". E de onde são retiradas estas normas e regras, que para estes "idealistas modernos" não passam de atraso e retrocesso? 

Acertou quem respondeu... Bíblia Sagrada.

Este livro, cujos primeiros textos remontam a milhares de anos, é uma afronta ao estilo de vida adotado por integrantes de diversos segmentos, incluindo os eclesiásticos. E o tempo não conseguiu dirimir seus ensinamentos ou deteriorar a credibilidade de um único verso. Mesmo que milhares de vozes se levantem questionando os preceitos bíblicos, a voz de Deus permanece absoluta, reverberando em cada página virada. Para cada questionamento, uma resposta inerrante. E tamanha autoridade, é exatamente o tipo de opressão que pensadores anarquizantes não conseguem mensurar... Logo, banalizam ou recriminam... E este comportamento tão evidenciado nos dias de hoje, já está por aí fazendo seu barulho a muito tempo. O grande problema, é que atualmente nossa postura como igreja está mais flexível, abrindo concessões em pautas já sacramentadas. Para não ser taxada de fascista, a igreja se omite diante de comportamentos... Exatamente o oposto do que Jesus nos ensinou com palavras e ações.

Vamos a um pequeno exemplo...

Os eventos descritos em Mateus 15 com certeza acenderiam a luz vermelha no painel do “politicamente correto”, que nos últimos anos não somente passou a ditar regras de comportamento para a sociedade, como também sutilmente influenciou os altares, atenuando a essência da mensagem ou ignorando veladamente as doutrinas básicas da fé cristã. Na análise de Willian Secker, “uma prostituta maquiada não nos é mais perigosa do que um hipócrita disfarçado”, e infelizmente, com o intuito de manter algumas portas abertas (e não “limitar” o diálogo com as diversas correntes “culturais”), a “igreja institucional” tem tornando-se um amalgama das duas coisas... Para não desagradar ninguém, transformou-se naquilo que jamais deveria ser. Aceita-se quase tudo.... Recrimina-se quase nada...  Noiva corrompida. Povo acovardado.

O conceito básico do “politicamente correto” é a neutralidade de uma linguagem, discurso ou opinião, evitando narrativas “estereotipadas” ou que “faz referência a qualquer forma de discriminação”. E o que parece ser um avanço do homem rumo ao apogeu da civilidade, acaba revelando-se a mais eficiente defesa para qualquer comportamento inadequado ou transgressor. Um induto à libertinagem indiscriminada. E se qualquer “voz” for ouvida na defesa dos valores éticos e morais, lá vem o “politicamente correto” mostrar a verdadeira face por trás da máscara, distribuindo rótulos “preconceituosos” (Retrógrados! Demagogos! Fanáticos!), construindo a cada dia um novo muro entre as pessoas, simplesmente para ter um local onde pendurar seus cartazes hipócritas de “somos todos iguais”. O “politicamente correto” clama pela união dos povos, enquanto promove de forma descarada um número incontável de verdadeiras guerras ideológicas. Um excelente exemplo é a atual polarização que atingiu vários segmentos da sociedade brasileira, colocando em frontes opostos os “soldados” que deveriam militar nas mesmas fileiras. Divisão estabelecida, em nome da “aceitação” e do “combate ao preconceito”, uma linha é traçada no chão, e com base na cor da pele, gênero, preferência sexual, víeis político ou religioso, somos colocados em um dos lados, e automaticamente classificados como “opositores” do grupo rival. Sabe aquelas “teorias” que os grandes “laboratórios” criam doenças para obter lucros exorbitantes com a venda dos remédios? Então... Algo parecido está acontecendo no cenário político... Todos os dias somos apresentados a um novo tipo de “epidemia social”, para que logo após alguém apareça prometendo cura a uma mazela que sequer sabíamos existir, antes do antídoto estar disponível no mercado.

Pois é... Aplicado sobre os eventos de Mateus 15, o “politicamente correto” certamente imporia muitos rótulos aos discípulos, e de forma ainda mais acintosa, sobre o próprio Jesus... Acha que estou exagerando? Pois então leia o texto referenciado com bastante atenção, transporte os fatos para os dias modernos e ao fundo será possível ouvir a “pacífica” voz de algum militante da ala rubra, apregoando sua paz (e aceitação) unilateral contra o Carpinteiro de Nazaré: - Fascista! Intolerante Religioso! Machista! Xenofóbico! Primeiro, porque Jesus censurou a hipocrisia religiosa dos escribas e fariseus, que acusavam os discípulos de transgredirem os ritos de purificação antes das refeições, enquanto eles mesmos mantinham seus corações imundos pela quebra dos preceitos sagrados, com causas e efeitos imensamente mais relevantes. Cristo não se esquivou de apontar-lhes a hipocrisia que valorizava a lei dos homens e banalizava a Palavra de Deus. Acusavam outras pessoas e ignoravam os erros pessoais... E este tipo de comportamento, Cristo não estava disposto a tolerar... Logo, seria tachado de “intolerante”: - O que contamina o homem, não é o alimento que entra em sua boca, mas sim o engano que saí dela!

O “mi-mi-mi” foi generalizado. Fariseus e escribas se sentiram ofendidos com o discurso de Jesus, e se puseram a chorar nas praças públicas, onde a audiência é maior e bem mais influenciável. Os acusadores se sentiam “violados” porque alguém expôs de maneira irrefutável a hipocrisia que impregnava o discurso da religiosidade farisaica. O rabino de Nazaré estava espalhando “fake news” contra as pessoas de bem, que só desejavam o melhor para “sua gente”. O mesmo discurso “picareta” de sempre, destinando cargas pesadíssimas para o povo, enquanto a elite privilegiada não se obrigava a carregar uma única grama deste fardo. E pressionado por seus contrapontos, o que fez Jesus para “amenizar” a tensão estabelecida? - Emitiu uma nota de retratação pública? Propôs um pacto de tolerância entre as partes? Convocou um plebiscito entre seus seguidores? Nada disto... O mestre consolidou ainda mais sua postura, fincando estacas e mantendo irredutível a posição...

- Meu Pai Celeste arrancará do meio desta nação todas as árvores que Ele não plantou.... Quanto a vocês, Casa de Israel, como se deixam guiar por pessoas que nada veem? Não entendem que um cego guiando outro cego, aumenta drasticamente a possibilidade de ambos caírem no mesmo buraco?

Ah, Jesus! Agora você pegou pesado.... Conseguiu na mesma frase ofender religiosos opositores e deficientes visuais? Como ousas proferir discurso tão preconceituoso e revestido de ódio.... Fascista inescrupuloso clamando para si o direito de exterminar da terra pessoas inocentes, só porque não concordam com as atitudes de seus simpatizantes? Você é a perfeita junção entre o “político populista” e “religioso fundamentalista”. Suas palavras geram o ódio e incitam violência! - Insinuas que as minorias não foram criadas por Deus e serão por Ele exterminadas? Rasgas ao meio o sagrado mandamento do amor ao próximo?

Jesus não se preocupava com os dedos em riste, e muito menos lhe enfraqueciam as palavras venenosas polvilhadas de açúcar. "Ele era a Verdade". Seu objetivo sempre foi apontar o Caminho, sem atalhos ou desvios. Cristo não estava mancomunado com os interesses de uma minoria barulhenta, e tampouco assumiu qualquer compromisso com as vontades da grande maioria, sempre acomodada a falácia dos sistemas dominantes. Cristo fazia a vontade do Pai. Retransmitia a Palavra de Deus. Palavra que confronta, inquire e incomoda. Espada de gumes afiados, penetrando até a divisa da alma, além das juntas e medulas... Doí onde tem que doer... Remédio amargo ministrado por entre os dentes careados. Unguento picante vertido sobre feridas abertas e purulentas. Esta história de "discursinho ensaiado" para não ofender “A” ou “B” nunca foi opção para Jesus. Seus ensinamentos jamais flertaram com os “gostos”, mas sempre atenderam as “necessidades” das pessoas. Ele nunca escolheu ouvintes. Falava a todo tipo de ouvidos e lançava a semente sobre todos os corações... Esta foi a estratégia usada pelo Cristo, e herdada pela igreja... Infelizmente, para não desagradar “partes da sociedade”, estamos filtrando o evangelho e apregoando somente o “inofensivo”. Mas, que tipo de conversão pode existir quando erros não são apontados? Porque alguém se daria ao trabalho de mudar a rota se todos os caminhos levam a Deus?

Jesus não nos deu o direito de escolher em qual terra queremos semear. É para lançar a semente sem olhar a direção. Tanto faz se é esquerda ou direita... Branca ou negra... Rica ou pobre. Homo ou hétero... A frutificação não está na diversidade da semente, e sim no solo onde ela vai cair... Só existe um tipo de semente verdadeira e frutífera, que  é exatamente a Palavra de Deus, sem rasuras ou aditivos. O resto é imitação barata, genérica e adulterada da verdade.... Geneticamente modificada para adoçar o paladar de algum grupo específico... E neste caso, tudo está muito errado... Evangelho que adapta-se as conveniências de uma ideologia, perde a essência e torna-se maldito... Leia Gálatas 1:6-8... O verdadeiro Evangelho de Cristo não tem cor, raça ou gênero. É universal e destinado para “toda” humanidade. O mesmo evangelho deve ser pregado à toda "toda criatura", sem exceções ou mudança de “tom”. O que vale para você, também vale para mim... E vice-versa. O que é pecado, pecado é, e nunca deixará de ser... Ponto Final... E pode fazer beicinho a vontade, que o seu descontentamento (e muito menos a minha resiliência) não irá alterar um único paragrafo da mensagem que divinamente já foi lavrada e registrada.... Não gostamos? Paciência.... Discordamos? Tanto faz... A Palavra de Deus é historicamente uma força de resistência e confrontamento... Bandeira de contrariedade... Contra as vontades humanas... Contra o descalabro da sociedade... Contra as vozes “pacíficas” que declaram guerra à Bíblia e seus ensinamentos... Não se pode adicionar uma única linha... Não se permite a remoção de uma única palavra... A “autoridade absoluta” até mesmo sobre aqueles que se dizem “oprimidos” pelo autoritarismo teocrático. Nos últimos dias, quando reflito sobre a falibilidade das minhas reivindicações contrárias aos argumentos bíblicos, sempre arrastadas para longe como se fossem folhas secas diante de um tsunami (tamanha autoridade residente em cada “til” das escrituras), tenho me feito a pergunta que insiste em “não” se calar:  -  Será que o Evangelho é fascista?

Como o fascismo está em moda! Na boca de metade da população brasileira, ainda que a maioria absoluta não conheça seu real significado. Chamar alguém de fascista tornou-se xingamento trivial, e uma doutrinação perigosa está sendo banalizada nas esquinas. O  “fascio” (do italiano - feixe), era um tipo de machado revestido por varas de madeira, geralmente carregado pelos guarda-costas dos magistrados do Império Romano . Usado para a punição corporal, tornou-se um símbolo de “poder” e “unidade”, já que o feixe era mais “resistente” que o bastão. Já no século XX, Benito Mussolini fez do “fascio” o emblema de seu novo partido político, que mais tarde seria conhecido como "Partido Nacional Fascista". Em 1922, Mussolini assumiu o cargo de primeiro ministro da Itália, e implementou naquele país um sistema político nacionalista, antiliberal e antidemocrático. Um governo totalitário que priorizava os conceitos de “nação” e “raça”, suprimindo assim os direitos individuais. Um mandava, e todos obedeciam.

Em tempos modernos, ocorre um fenômeno oposto... Todos querem mandar, e poucos estão dispostos a obedecer. A vontade individual prevalece sobre o bem coletivo. Engajamento pelo direito de fazer “o que tiver vontade”, sem importa-se com “quem”, “quando” ou “onde”. E sempre que alguém levantar uma bandeira contrária ao desmando ético proposto por estes indivíduos egoístas, ouvirá em alto e bom som a retaliação: - Seu fascista! Na atual leitura da sociedade, basta se opor ao individualismo, recriminar ações que afrontam a família ou protestar contra a “livre expressão de quem expressa em público aquilo que deveria ser expresso no privado”, para ser contado entre os "adepto do fascismo de Mussolini"... Basicamente, tudo o que Jesus fazia, e que todo cristão deveria estar fazendo exatamente agora... Pregar a Palavra de Deus (e viver a mensagem pregada) é comportamento de gente fascista? Neste caso, seria a Bíblia o livro mais fascista da história?  

É claro que não! O fascismo foi a ferramenta que um homem cruel utilizou para cegar o povo enquanto os empurrava na direção da tragédia...  Já a inquestionável autoridade residente na Bíblia é o bálsamo que retira dos olhos as escamas do pecado, abrindo na alma a janela por onde adentra outra vez a maravilhosa luz. Mesmo assim, se alguém ainda insistir nesta história de “fascismo”, peço a liberdade para expressar minha humilde opinião: - Se for para retirar das mãos humanas o conceito de certo e errado, entregando à Deus o poder de julgar bons e maus... Que seja! Prefiro uma Bíblia fascista que me aponte o caminho dos céus, do que um hedonismo libertário que pavimente com flores uma trilha até o inferno...

Cristo explicou a seus discípulos que alimentar-se antes de um bom banho pode “não" ser higiênico, mas é bem pior manter impuro os pensamentos. Os fariseus mantinham as mãos limpinhas e cheirando a sabonete, porém suas entranhas estavam corroídas, poluídas e putrefatas. – Não é a comida que contamina o homem, mas sim as palavras que ele profere.... Pois o que sai da boca, apenas é o transbordo do conteúdo que há em seu coração! Comportamento ilibados, intenções abomináveis. E esta bondade aparente pode até enganar olhos naturais, doravante, não passará intacta pelo crivo divino. As condições são Dele. As regras e normas foram escritas por Ele. A promotoria e a defensoria serão prerrogativas Dele. A sentença do julgamento perfeito será lavrada por Ele. E mais ninguém! Sem direito a contestação.... Nenhuma outra autoridade reconhecida em todo universo!  - Há justiça neste fascismo divino?

Prefiro estar debaixo da autoridade absoluta de um Deus onisciente, onipresente e onipotente, do que viver sob as asas da liberdade promovidas por homens falhos, mentirosos e que nada sabem sobre o meu amanhã... Além do mais, chega de "fascismo"... Ainda tem outros “ismos” na fila...

Se até aqui, a mensagem ainda era “tragável” ao “mi-mi-mi” da pós-modernidade, uma frase proferida por Jesus em Mateus 15:26, certamente faria “feministas” (das ortodoxas até as mais radicais) se unirem num uníssono grito de resistência, que deixaria o “Ele Não” no chinelo... Lá estava Jesus na região de Tiro e Sidom, ensinando seus seguidores sobre as verdades do Reino de Deus, quando uma mulher cananeia se aproximou, e prostrada, implorou por misericórdia: - Senhor, Filho de Davi... Tenha misericórdia de mim... Minha filha está miseravelmente tomada por demônios... E como Jesus reagiu a este pedido de ajuda? Ele o ignorou por completo. Continuou andando e falando, como se apenas uma mosca zumbisse em seus ouvidos... Cristo se comportou como um machista opressor, que relega toda mulher a uma posição de subserviência. Um ultraje! Agora, pergunte-se...  O que “ela” fez diante do aparente desprezo messiânico? 

Insistiu no clamor.

Numa sociedade patriarcal, a mulher estrangeira oriunda de uma região discriminada pelos judeus, se enquadrava naquilo que poderíamos chamar de “minoria das minorias”. Os discípulos estavam profundamente incomodados com a presença irrequieta e inquietante da siro-fenícia: - Senhor, ela não para de gritar e continua a nos seguir... Mande a embora! Quanto a esta solicitação excludente, Cristo emendou um discurso nacionalista e explicitamente segregador: - Que missão tenho eu nesta terra, senão a de resgatar as ovelhas pedidas da “Casa de Israel?” E quando a mulher implorou mais uma vez por misericórdia, Jesus voltou seus olhos para ela, e argumentou compassadamente: - Não é bom pegar o pão que seria dado aos filhos, e jogá-lo aos cachorrinhos...

UAU! Primeiro Cristo enaltece os judeus em detrimento aos estrangeiros. Agora chama aos siro-fenícios de cachorros e insinua que a mulher diante de si não passa de uma cadela?  - Racista!  Xenofóbico! Machista! Misógino!

Quer saber.... Somos a geração mais mimada da história. Tudo nos ofende, em especial as opiniões contrárias das nossas. Centralizamos o universo no próprio umbigo e queremos que Deus orbite em torno do “EU”. Minha ideologia! Meu grupo social! Meu “ismo” mais conveniente! Meu partido favorito! Meu político de estimação! A música que eu gosto! As pessoas que eu admiro! E neste amontoado de “quero”, “posso” e “vou”, onde fica a renúncia pessoal, matriz básica do discipulado? Em que gaveta foi esquecida a frase “seja feita a Tua Vontade”, onde a “VONTADE” pertence a Deus e não aos homens?  Sociedade chata inspirando crentes cada vez mais chatos... Politicamente corretos e espiritualmente equivocados... Deus nunca vai nos abençoar (ou usar) enquanto estivermos em zona de conforto. Por vezes, Ele precisa estremecer as estruturas e esbravejar com rispidez. Quando isso acontece, não é ódio e muito menos descriminação.... É o alerta... O teste... A validação! O paraíso não é lugar para chiliques, protestos e contestações frívolas. Exige postura e comportamentos adequados. E estamos sendo testados neste exato momento! O presidente americano Donald Trump pode estar errado em muitas coisas, mas acertou em cheio ao dizer que “o céu tem muro e rígidas políticas de imigração, e quem tem portas abertas é o inferno”. Quer ser cidadão dos céus? Pense menos nos seus interesses terrenos e se concentre-se mais na legislação celeste, incluindo direitos, deveres e implicações. Você já parou para pensar que existem pontos bíblicos que contradizem o que gostamos ou fazemos? Textos sagrados que soam ofensivos ao grupo social no qual estamos enquadrados? E diante das divergências, temos escolhas a fazer.... Abrir mão do agora pela eternidade, ou abrir mão da eternidade pelo agora? Questionar e aceitar as consequências ou obedecer e receber das mãos do Senhor todas as beatitudes prometidas no Santo Livro?

Sabe como a siro-fenícia reagiu diante do “insulto” de Jesus? Ela renunciou a si mesmo... Humilhou-se debaixo da potente mão... Lançou sobre Cristo toda a ansiedade: - Eu sei disto, meu Senhor... Mas, os cachorrinhos também comem das migalhas que caem da mesa dos donos... E qual o resultado da humilhação? Glória!!!! O que resulta da entrega? Restituição!!! Jesus a olhou nos olhos com ternura, sorrindo de contentamento e admiração: - Ah, mulher! Como é grande a tua fé! Maior que a destes judeus arrogantes! Superior à dos religiosos mimizentos!  Capaz de suplantar ofensas e lançar ao chão todos os preconceitos, sem deixar-se fraquejar diante de nenhum deles! Vai em paz, e seja feito conforme o desejo do seu coração!

E naquele mesmo instante, quando a verdade absoluta soterrava todos os achismos humanos, a liberdade chegou na casa daquela mulher que voluntariamente se despiu de orgulhos, para se submeter a vontade de Deus. No mesmo instante, sua filha foi curada! Quanto aos religiosos de Jerusalém, continuaram doentes de alma, enquanto estereotipavam uma religiosidade saudável, que de fato nunca existiu. Enquanto acusam aos outros pelos pecados que eles mesmos cometiam nas alcovas, caminhavam sem retorno para o abismo eterno, cegos por uma ideologia satânica que os fazia acreditar nas próprias mentiras, convencidos que enganando aos homens, também enganavam a Deus! Nunca enganou... Nunca enganará... Como bem proferiu Campbel Morgan, “o pregador da cruz tem que ser crucificado!” Seja mais exigente consigo mesmo, cumprindo a risca o seu dever, e talvez você descubra a tempo que muitos dos "direitos" que você exige, testemunharão contra sua inocência diante do supremo juiz... E qualquer semelhança com os manifestos populares de hoje em dia, nem de longe é mera coincidência


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